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Era uma vez...parte I

Tudo começou com um fim. O fim de um casamento de alguns anos...Ôpa! Vida nova!
Só que não foi tão nova assim. Algumas confusões internas e recaída. De uma última recaída tive a melhor notícia da minha vida, não estava mais sozinha.
Nem todo mundo ficou feliz com a notícia, mas o mais importante era o que eu sentia. Nada mais importava como aquela p
essoinha.
O primeiro ultrassom...ai que emoção. Um grãozinho de gente ali, coração pulsando, pulsando...
A expectativa aumentava a cada dia. Tudo tranquilo...expectativa para o ultrassom do 2o semestre, pai e avó discutindo por nomes, e eu alhei, afinal aquele momento era tão mágico isso sem falar que saberíamos o sexo. "É uma menina". Ter uma menina é realmente a minha cara!
A cara do médico não estava muito boa. Medo, frio na barriga e a notícia dolorida "Seu bebê tem hérnia diafragmática".

O chão sumiu. As lágrimas eram muitas. Foi naquele dia que descobri o significado do amor incondicional.

Mas afinal o que é hérnia diafragmática, eu me perguntava, e o Google não me poupou aquele dia. Casos raros, com poucas chances de sobrevivência, eu passei horas, dias, semanas pesquisando e não me conformava com os 50% de chance de sobreviventes.
Desse dia em diante iniciei um acompanhamento com o melhor especialista do Brasil em medicina fetal.
Pela primeira vez na vida tive fé de verdade, minha filha seria uma vitoriosa. Me apeguei a tudo o que pode desde santos católicos a benzedeiras.

Muitos exames. De amioncentese a ressonância magnética a boa notícia "ausência de hernia diafragmática". Mas, um novo diagnóstico "agenesia do pulmão direito e dextrocardia". Um alívio. O médico ficou muito confiante e nos disse que é perfeitamente possível a vida com somente um pulmão.

Tive uma gravidez boa, apesar do que sabia o que enfrentaria pela frente. Tudo bem, eu aguento, pensava.
Cada mexida da Valentina dentro de mim me dava mais e mais força, sentia que ela era muito mais forte que eu. Amava a companhia dela, nos divertíamos muito. Eu sabia que tipo de música ela gostava, que tipo de comida ela mexia, sua posição preferida (não dormia a noite a danada!).

Nos ultrassons também soube que eu tinha placenta prévia, ou seja, poderia ter sangramento a qualquer momento e hemorragia no parto. Tudo bem, eu pensava, tudo ficará bem.

O meu sentimento a cada dia que passava era extremamente antagônico, ao mesmo tempo que eu queria muito ver aquela carinha, pegá-la no colo, queria que ela nunca saísse do meu útero. Eu sabia que ali ela estava protegida não precisaria de seus pulmões e estava comigo....

(continua depois, agora preciso ir!!)

1 comentários:

... continua sim, Karen...

20/06/2008, 12:29  

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