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Casa Nova

Como não posso dar um presente físico para a minha boneca fica como presente de aniversário nossa casa nova:

Mudamos para: De Valentina

Espero vocês lá!


Quando penso em você sinto aquela sensação gostosa de borboletas no estômago, misturada a uma paz que geralmente sinto quando olho o mar ao horizonte. Como seu cada grão de areia aos meus pés tivesse uma história, cada brisa me abraçasse trazendo certo aconchego, no momento em que nada importa e tudo é importante.
Brisa que passa familiar, sempre aparece em momentos extremamente excitantes de alegria. Não felicidade, alegria. Pensei em uma maneira bem idealista da diferença entre estas duas palavras, então uma Duvida tomou conta de mim: alegria, felicidade é adjetivo? Deveria ser. Mas adjetivos são qualidades, certo? Tipo, inteligente, divertido. E felicidade, alegria são estados de espírito. São substantivos portanto. Claro que não, são adjetivos.
- Amor, felicidade e alegria são adjetivos?
- ”São! Tipo, está alegre”
- Mas alegria é um estado de espírito. Você é legal, você está feliz.
- ”São substantivos então!?”
- Não, acho que são adjetivos.
- ”Ka, põem no Google, agora você me deixou na dúvida”,/i>
...

'Adjetivo é uma palavra que caracteriza um substantivo atribuindo-lhe qualidade/característica, estado ou modo de ser. Flexionam-se em gênero, número e grau.
Sua função gramatical pode ser comparada com a do advérbio em relação aos verbos, aos adjetivos e a outros advérbios.”
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Engraçado como a própria experiência muda conceitos tão básicos.
Fatos imutáveis de minha vida me fazem questionar inclusive regras gramaticais.

O tempo passa cada vez mais rápido me trazendo uma certa nostalgia dos dias em que eu pensava durante todos os segundos da minha vida em você. Conforme a vida seguiu, passei mais momentos vivendo o presente com isso ganhei mais maturidade.
Carrego um vazio que nunca se ausenta, aquele jeitinho que me deixa mais perto dela, uma saudade gostosa.

Nos momentos mais felizes penso nela para dividir, e nos mais tristes ela me lembra que até a maior ausência se abranda. Descobri de verdade o que significa: ”Ninguém é somente feliz ou somente triste o tempo inteiro.”
E como diz minha querida Elga: - “Bão demais”


Tenho orgulho da dupla que somos. Feliz aniversário, bonequinha. Amo você.

Engraçado como é possível gostar muito, e não gostar nada de uma mesma coisa. Isso acontece com o mês de abril.
Abril é um mês estranho, passei a perceber que me sinto realmente estranha quando este mês chega, e não é pelo motivo de eu ficar mais velha, inclusive de todas as recordações que tenho este é um mês em que sempre fico doente. Perdi as contas de quantas festas eu passei com febre sentada no sofá enquanto minhas amiguinhas corriam de um lado para o outro. A culpa deve ser do outono.
Talvez pelo fato de ser o mês mais trabalhoso do ano para mim. Foi em abril que nasceu a Karen pessoa, foi em abril que nasceu a Karen mãe, e desde então preciso trabalhar ainda mais os meus sentimentos neste período.
Uma certa nostalgia me preenche, é fato o quanto a saudade aperta. Me impressiona a velocidade do tempo.
É necessário prestar atenção em tudo que sinto para que eu não me perca e saia por aí distribuindo algumas patadas.
Hoje sonhei com você, estava linda e gostosa, com uns 6 meses. Não estava muito firme, por isso deduzo que você estava com esta idade. Cabeluda e cheirosa, macia, meiga. Muito raro isso acontecer, mas imagino que quando o coração aperta alguém lá de cima te permite me visitar para matar a saudade. Um bebê de 06 anos ainda não aprendeu a linguagem dos adultos, fazem somente resmungos e sorrisos e durante o sonho enquanto eu te abraçava você disse: "descompensada". Eu ri e te dei um beijo, mas que foi esquisito, foi!
Estou com uma sensação gostosa, de ter te sentido de novo. Não tivemos muito tempo aqui, e fico feliz quando te sinto. Tenho medo de que as lembranças fiquem muito longe, de não conseguir lembrar do nosso toque. Para isso conto com a sorte de receber suas visitas, mesmo que tão raras.
Obrigada Lelê, meu grande e maior amor.

5 de abril


Hoje é o seu aniversário e como todos os anos algum de nós presenteia o outro com flores. Você sempre fez questão de no dia do meu aniversário aparecer com um buquê, geralmente rosas, para me dar aquele abraço que só você seria capaz.
Ouvir a campainha e te ver no portão era uma das partes mais alegres do meu dia, e este seu gesto tornou-se um símbolo entre nós dois. No seu aniversário era mais comum passarmos o dia juntos, você fazia comida japonesa, antes comíamos pastel na feira ou tomávamos o café da manhã na padaria depois que me pegava e, quando caía durante a semana você fazia questão de almoçar comigo, e eu te ligava bem cedinho para te desejar um ótimo dia.

Abril é um mês especial: o seu aniversário, o meu e o da Valentina. O Ascendente e o descendente.
Agora sou eu que te levo flores em seu aniversário e baixinho te desejo feliz aniversário.
E no meu, não recebo mais aquele abraço, entretanto você sempre será uma das partes responsáveis pela minha existência.

Feliz aniversário, pai.

Você e ela estiveram comigo durante todo o tempo possível. Me viram em um estado péssimo, me viram feliz, riram comigo e enxugaram minhas lágrimas. Sempre vocês. Queria muito ter o poder de não deixá-los sofrer mas sou simplesmente um ser humano que limita-se a cuidar da própria vida.

Acho que este texto que escrevi em julho de 2008 em pleno estado de recuperação da perda da nossa boneca, pode ajudá-lo de alguma forma. Se eu consegui, você consegue. Ela consegue.

Amo vocês.

"Open Road

A realidade é desejável e incentivada pela maioria das pessoas sãs. É o objetivo de muitas terapias, como deveria ser. Enfrentar e chegar a um acordo com o que é é um ato benéfico. A aceitação traz paz. E frequentemente é a virada para mudanças.
Ela enfrenta cada dia a perspectiva de aceitar ou rejeitar a realidade daquele dia em particular e de suas circunstâncias presentes. Todos têm muitas coisas para aceitar no curso normal da vida, desde o momento em que abre-se os olhos ao acordar pela manhã até fechá-los, à noite. Em certos dias é mais fácil aceitar essas circunstâncias. Acontece naturalmente. Seu cabelo está ajeitado, o chefe está de bom humor, a casa está limpa, o carro funciona perfeitamente...Sabe-se o que esperar e o que se espera é aceitável. Tudo bem. Mas em outros dias as coisas podem não correr tão bem. Suas presentes circunstâncias foram alteradas e ela precisou aceitar uma situação nova. Ela poderia inicialmente reagir negando ou resistindo à mudança, ao problema ou à perda. Queria que as coisas ficassem como eram antes. Queria se sentir confortável de novo. Queria saber o que esperar. Mas deparou-se com janelas quebradas, encontros não cumpridos, mentiras deslavadas.
Porém, a perda mais dolorosa que ela sentiu foi a perda de seus sonhos, de sua esperança, das expectativas idealistas para o futuro que a maioria das pessoas tem. Suas esperanças não incluíam tamanha perda, seus sonhos não incluíam isso. Ela se agarrou por muito tempo aquele sonho, voou diante da realidade, acenando com esses sonhos para a verdade. Mas um dia a verdade a prendeu e não quis mais aceitar rejeição ou negação. Não foi o que ela desejou, planejou, pediu ou esperou. Nunca seria. O sonho estava morto, e nunca mais voltaria a viver. E nada morre mais lentamente ou mais dolorosamente do que um sonho.

Até mesmo a recuperação traz perdas, mais mudanças que ela deve lutar para aceitar. Esperanças esmagadas são esperanças esmagadas. Decepções são decepções. Mas ela decidiu aceitar, foi sincero, veio de dentro. Decidiu que deveria conquistar o estado de paz novamente. Mas como? Como ela poderia encarar toda a realidade sem piscar os olhos ou sem cobrí-los? Como aceitar aquela coisa dolorosa? Não sem antes gritar e espernear um pouco. Depois que ela fechou os olhos, gritou, esperneou e negociou, finalmente sentiu a dor e chegou ao estado de aceitação. E a aceitação não foi confundida com um estado feliz, é quase uma ausência de emoções. É como se a dor tivesse passado, a luta tivesse acabado. Ela está en paz com as coisas como são. Está livre para ficar, livre para ir, livre para tomar quaisquer decisões que precise tomar. Está livre! Aceitou sua perda por maior que seja. Tornou-se uma parte aceitável de suas circunstâncias. Está se ajustando e se reorganizando. Não só se sente confortável com suas circunstâncias e as transformacões pelas quais passou, como acredita que de alguma forma se benefciou com isso mesmo não compreendendo totalmente como ou por quê. Parou de correr ou esquivar-se. Agora pode ir em frente. Não é muito confortável, na verdade é incômodo, às vezes, doloroso. Mas ela sabe que é resistente, em seu prório ritmo, a sua maneira caminha e diz para si mesma "a única maneira de sair é atravessando".

Mais 1 kg?


Cinestésico, é este o canal momentâneo. Impressionante o resultado quando você se propõe a fazer determinadas lições ensinadas. Aula de hoje na PNL. Na verdade, foram poucos minutos que reconheci assim, meio que sem querer.
Na tv modelo ano 2000 passa um programa dos canais a cabo sobre um chef de cozinha americano, internacionalmente conhecido por apreciadores e chefs da culinária. O homem grisalho e descolado da tv, que fuma sem a mínima culpa, viaja o mundo explorando a verdadeira culinária local com direito a porres e pessoas especiais e me deixa com vontade de colocar um timer nos dias e horários do seriado.
Se tem um verbo que sempre gostei é o comer. Nos últimos 8 meses ele ficou muito mais gostoso de conjugar.
No relógio 19:40, "nossa algo neste programa está diferente hoje". Diferente dos episódios que não perco, mais sérios e cheio de militares Tom, faz ao fundo a narração de sua constatação em se período no navio sob o ponto de vista do chef, percebi: A comida une as pessoas, em momentos de conflito, em momentos de lazer, no almoço nos dias de trabalho. Comida é um assunto delicioso, assunto preferido aqui em casa. Também dois taurinos não seria diferente!
Nestes 8 meses, me senti culpada em diversos momentos por ter descuidado e estar uns 4 kilos a mais e havia controvérsia do meu pecado, a gula. Mas hoje eu entendi que me preocupar com a forma é necessário, mas sem neuras.
Nossa, como amo ter engordado estes kilos, foram todos, momentos inesquecíveis.
Minha alma não é gorda, é gulosa por felicidade.
"Amor, vamos comer o cupcake de pistache?"

Imagem: Flickr


Quando sinto falta de mim, corro para este meu cantinho. Um lugar tão meu e tão de todo mundo, que é engraçado falar sozinha e de repente ouvir alguém do outro lado que não sou eu.

Estou um pouco cansada de mim mesma, acho que me acostumei comigo e como taurina autêntica me entedio facilmente, fazendo com que eu me analise o tempo todo mesmo que irracionalmente.

Me cobro muito em relação a tantas coisas que me perco nelas, tento fazer uma dieta melhor com mais verduras, e caio em tentação quando vejo a barraca de pastel na feira, o lanche no fast food ou o brigadeiro na geladeira. Faço planejamento financeiro mas aceito trabalhar com um salário menor para fazer aquilo que gosto. Aceito mudar de apartamento para adquirir a tão sonhada casa própria mas sofro por saber da possibilidade de não ser exatamente a que quero. Me cobro a racionalidade do custo benefício mas não é fácil ser praticante do desapego.
Tento não xingar as pessoas lerdas no trânsito por ater aprendido o poder da palavra mas me pego gritando nos dias de TPM.
Fico indignada quando me perco das coisas que aprendi, como na terapia radiônica que ensina sobre focar na eficiência das pessoas e não na deficiência.
Sou a romântica que tem esperança de mudar o mundo, me preocupo com a torneira aberta, o banho demorado, mas não consigo separar o lixo.
Tenho milhões de idéias sobre projetos, melhorias nos processos do trabalho, penso, repenso, rascunho, organizo, coloco em prática e me irrito com a desculpa das pessoas que dizem já terem tentado mesmo sabendo que elas tentaram.
Sempre me disponho a ouvir e quando não querem falar me sinto insuficiente, e sou extremamente calada.
Não aceito a desculpa das pessoas mas espero que elas me desculpem, fico brava mas não gosto que fiquem bravas comigo.
Fico quieta quando estou pensativa mas o silêncio alheio me incomoda.
Meu coração mole que sente carinho por uma ou outra pessoa que pisou na bola comigo é algo incômodo, não gosto de me sentir idiota só que ele simplesmente sente, é inevitável.
Rezo para Deus todas as noites, agradeço, peço mas não acredito que ele me ouça, antônimo de tempos atrás. Nisso vario, tem épocas que acredito, outras não.
Nunca gostei de óculos de grau e hoje sou refém deles. Ainda estou me acostumando, vira e mexe, meto o dedo na lente quando tento coçar o olho.
Nunca fui adepta da paciência em ensinar aos outros por isso não espero nada de ninguém. Reaprendi a ser cuidada e tenho prazer imenso em me entregar a isso, mas tenho medo de perder este estado já que tudo na vida é inconstante, e de nada me adianta sentir no fundo do coração que desta vez acertei.
Odeio dar satisfações a maioria das pessoas e fico puta da vida quando mudam seu jeito de agir comigo quando não ajo como esperam. Azar delas, não esperem nada de mim.
Continuo com a péssima mania de pensar que meus amigos lêem meus pensamentos e que se eu não ligo é porque eu acredito de verdade que estão bem e que tem pleno conhecimento de que se precisarem de mim é só chamar.
É difícil entender quando passam dos limites só porque sei exatamente quais são os meus.
Penso demais e falo pouco e o resultado disso é o chackra frontal hiper ativo e o chakra lanríngeo travado. Me esforço na meditação para melhorá-los, depois a correria do dia a dia me pega e tudo fica estático.
Sinto falta de sentir falta e tento consolar aqueles que sofrem com ela. Por mais que eu saiba que cada ser é diferente, espero que consigam alguns resultados que consegui.
Sempre fui diferente e hoje me encontro tão igual as pessoas, que simplesmente me encaixar não faz diferença.
Imagino que seja tão mais fácil ser uma dessas pessoas que vivem em outro mundo, não caem na real, estão sempre no mundo da lua, não vêem a ficha cair.
Esse jeito de ser emocional quando devo ser racional, e raciocinar quando não tem necessidade é esdrúxulo!
Affffff....quanta complexidade, deve ser tão mais fácil ser um gato, mas bem menos interessante!



Imagem: SPACE POST

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