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o meu coração acelerou de uma maneira indescritível, como se fosse sair pela boca. navegando através do para francisco cheguei ao blog da Renata Rugai e em um trecho deste post ela fala o que sentiu quando sua mãe adoeceu. ERA COMO SE ELA FOSSE EU quando descobri que a Lelê não era um bebê como os outros.

"Sabe que quando você ficou doente enfiei na minha cabeça que se eu desse todo meu amor, você iria ficar boa, acreditava que meu amor te salvaria, achava que meu amor era maior que a morte. Meu amor não te salvou, porque o amor não salva, mas conforta e faz valer a pena.

A vida é assim mesmo, vida-morte, morte-vida, uma não existe sem a outra, mas a gente tem medo do que não sabe né? do acaso, do mistério, queremos respostas o tempo todo e quando não temos inventamos e acreditamos pra assim ficarmos mais tranquilos.

Sei que você foi tranquila porque sabe que nos ensinou a amar, o amor se aprende.
Vc sabia que tem gente que não sabe amar? eu quando encontrei não acreditei, achava que tinha um pouco de amor escondido em algum lugar era só procurar, saber despertar, mas não, tem gente que não aprendeu. E eu achava que a gente nascia sabendo amar, que tola, a gente nasce precisando do outro e depois aprende a amar o outro."



RENATA,
Obrigada.

my sterons



uma das coisas que me encantava em você era o fato de acreditar no meu instinto. isso nenhum dos que vieram após você me davam tanto apoio. seguindo meus instintos fomos longe. fui instigada pela nostalgia quando dia desses sonhei com você e fiz uma volta ao tempo de treze anos.lembrei de nossas semelhanças e diferenças. de quanto tomamos sorvete em uma madrugada em que nevava. corremos e rolamos na neve como crianças. era como se nada mais existisse além de nós. de quando descobrimos que a neve não derrete no fogo. nossas madrugadas jogando playstaion. nossas noites em seu quarto ilumidado a luz negra. olhando a lua através da janela. me lembro de você me ensinando a virar as músicas no mesmo compasso e fazer scratches. me lembro de nossa primeira música "lulaby". me lembro também de nossas brigas. de como eu chorava por você. sentia um medo absurdo de não te ter na minha vida. me lembro de vocie chorando quando te magoei pela primeira vez. me lembro de quando você era o "deus" do meu namoro com meu ex, que no caso, era seu amigo. me lembro do dia em que nos conhecemos. era o dia da minha formatura de 8a série e você junto com o meu ex, eram os djs da festa. depois que esta acabou foram todos dormir no meu apartamento, lá no centro. me lembro como foi que ficamos. me lembro da sua frase "prefiro te ver feliz com ele do que infeliz comigo". e nem fazia idéia que era recíproco. me lembro da sua boca de coração. me lembro exatamente da cor dos seus olhos. e do seu sorriso ainda tímido na época em que tinha vergonha de seus dentes. coisa de gene. me lembro da nossa primeira vez. do dia em que você partiu, e eu fiquei com o coração em pedaços. do medo que eu tinha de você deixar de me amar. da emoçnao que eu sentia quado ouvia sua voz ao telefone. de como você nunca falhava na data de me telefonar. das cartas que eu lhe escrevia diariamente e enviava as sextas. de como você de afastou. e de como de repente, me pediu em casamento e voltou para me buscar. da minha coragem ao enfrentar todos para ir com você. me achavam nova. tola, iludida. maluca, talvez. da sua primeira tatuagem dada de presente por mim. de como você me fazia ter coragem para tudo, não temer a nada, me sentir completa, simplesmente por ter você. do dia do nosso casamento. de como eu detestava ter sua mãe disputando sua atenção comigo. do dia em que partimos, no aeroporto me sentia a mulher mais feliz do mundo, se é que com 17 anos eu era uma mulher. aquele dia minha mãe me viu fumando pela primeira vez. ela, não estava falando comigo direito. era contra minha decisão. coisas de mãe. seria minha primeira viagem de avião. longa, bem longa. mas eu não olhava para trás, tinha você a meu lado e era tudo que eu queria naquele momento. de como enfrentei um forn de 60o graus só para passar o dia perto de ti. você, com muito esforço tentava me segurar nestas decisões mas sempre fui teimosa. nem você me segurava. nem a língua desconhecida que virou fluente. você me preenchia de todas as formas. era minha alma gêmea. juntos descobrimos um mundo novo. descobrimos novos mundos em nós. éramos uma boa dupla. nos completávamos, até nas brigas. com vocie aprendi a nnao chorar e isso me custou reaprender depois. aprendi um amor absolto, sem interesses. amor dado de corpo e alma. nnao melhor que os que vieram depois de você, mas diferente. talvez seja o amor adolescente desmedido. nnao importa, foi divertido. e ao contrario do que acontece com a maioria dos amores que se separam mesmo ainda existindo não nos tornamos diferentes, incompatíveis.nos tornamos iguais. mas esteavamos agora com outras aspirações, totalmente fora de sintonia. aceitar não ter vocie na minha vida demorou mas eu precisei tomar esta decisnao pelo que eu queria para minha vida. mas não, sem antes te incentivar na profissão que vocie tem hoje. a sua paixão começou através da minha. te incentivei dando-lhe de presente a primeira máquina. fui sua primeira "cobaia". tive prazer em ser parte desta sua história, que sei que não conta por aí. mas para mim tudo bem, já que aquele dia no metrô você admitiu que foi por mim que começou a tatuar. nós dois sabemos e isso é o que me importa. mesmo separados estávamos em sintonia. era engraçado te encontrar no metrô e nos darmos conselhos sobre nossos relacionamentos daquela época. eu sempre tive carinho por você. nunca brigamos em nossa separação, tínhamos respeito e amizade pelo outro. te quero muito bem. você é importante na minha história. sabe, não sinto saudades de vocie, mas sinto saudades de quem eu era naquela época. alguma parte de mim que existia lá não existe mais aqui. e as vezes, me faz falta.
hoje, dei um google em seu nome e achei seu myspace. estou orgulhosa de seu trabalho. você estea casadao e muito feliz. com certeza merece tudo isso. estou ouvindo seu playlist, incluvise o título é o nome de uma música que está lá, mas o que mais me fez sentir vontade de ter notícias suas foi a primeira música do playlist ser parte da nossa história. inclusive tem varias músicas que descobrimos juntos. muito legal saber que em você fiz parte como fez de mim. não é esta que estea aqui, ela vai continuar em sigilo. espero uma dia fazer outra tattoo com você, fui aprimeira e adoraria ter uma de seu avanço.



*troquei a música!

almejei demais este momento. serenidade. nenhum vento forte arrancando roupas do varal. mar calmo. sem nuvens no céu.
dizem que após a tempestade sempre vem a bonança, esta ainda não deu as caras por aqui mas se a tendência é melhorar então não ouso reclamar. tenho pensado muito em tudo que ocorreu nos últimos tempos e não encontrei uma explicação lógica de como levantei. a situação era um operário subterrado nos escombros da estacnao de metrô de pinheiros. no meu caso não haviam tantos bombeiros a resgatar-me. somente uma bombeira e alguns cidadãos com boa vontade. mas a eles cabe o árduo trabalho de retirar a terra e cabe ao operário manter-se vivo. fechar os olhos e acreditar que sairá dali. e mesmo com toneladas de terra sobre seu rosto, respirar. enquanto tentam mostrar-lhe um feixo de luz o operário busca esperança mesmo sentindo toda dor do peso esmagando-lhe os ossos tanto que lhe impede de pensar. mas ele encontra forças de um super herói e sai. seus olhos nunca mais enxergarão a mesma coisa. assim minha visão de mundo mudou. seguindo as orientações da minha terapeuta encaro-me no espelho e não reconheço aquela mulher. pergunto-a quem ela é e de onde veio. a que veio, descobri. a mulher que sou hoje não cabe aquele rosto de menina. é estranho olhá-la nos olhos. mas foi aquela menina que suportou o chão esvaindo-se sob os pés e com suas pequenas mãos agarrou na beira do abismo e como que uma mágica seus braços, pernas e tronco cresceram, tornando-a esta mulher que aqui está. não mais faz birra como a menina, entende quando não pode ter o que gostaria, engole o orgulho e pede desculpas, acende a luz e diz não. perdeu muitos medos. mas sem a menina, a mulher não valorizaria cada uma destas conquistas. até sua dor é valorizada. como pode uma dor que mata estar lá mas não doer mais? foi a resistência da mulher ou a esperança da menina? agora tudo tornou-se simples. eliminou os "se", "mas", "quando", "talvez", "quem sabe" de sua vida. é "sim" ou "não". não sei se é coração em paz, ou coração livre. que não a tenho mas para sempre seremos nós duas. simples assim. hoje, posso dizer que sem tudo o que eu tanto quis estou em um momento muito bom na vida.

*****

Omedeto! De nós duas. ;)

meu amor,
no primeiro instante que lhe vi pensei: "que pessoa mais linda do mundo!". mas não reconheci ali traços meus.
em nosso primeiro momento a sós, olhando-a em um sono doce pensei: "você é igual ao seu pai! mas com a minha delicadeza. mas a mão é idientica a minha, assim como os cabelos??!!". quando nossos olhos encontraram-se pela primeira vez pensei: "é muito mais parecida na força comigo do que nos traços...". com o passar do tempo via seu narizinho afinando, coisa que eu gostaria que fosse meu. com o passar do tempo também ficou mais linda. mais corajosa. parecida com a mãe. e com o passar do tempo parecia ainda com seu pai. mas com mais delizadeza. talvez ver em você muito dele me fez ter mais paciência. me fez engolir mais sapos. era muito amor por você. tudo valia a pena. em muitos momentos pensei: "você é danada, personalidade da mãe, cara do pai. vai se dar muito bem!".
e continuei te achando cada dia mais maravilhosamente linda.
hoje, troquei a foto do perfil. foi tirada sem querer.
agora, observando bem meu amor, sim, você tinha traços lindos, meus.

Se alguns meses atrás me dissessem que eu me sentiria como me sinto hoje eu pensaria ela estar blefando. Nnao que eu não tenha escutado palavras de esperança e conforto, mas não houve uma só pessoa que acreditasse em minha total recuperação mental. Não as culpo jea que nem eu mesma acreditei.
Existe uma fase no luto de um filho que desejo do fundo do coração que vocês jamais tenham sequer uma vaga idéia, em que acabam todas as forças. Se algum dia alguém já sentiu uma dor insuportável, seja ela física ou emocional, ao ponto de não sobrarem forças para respirar, multiplique a tal dor por mil. É uma fase curta, e intercalada. Varia de pessoa para pessoa a época. Porém, ela existe. Ninguém ao seu redor percebe que ela está pois não sobram forças para pedir ajuda. A reação geralmente é se encolher. Eu, durante um ataque da dor, criei este blog. Dei ele como remédio, misturada a água e desejos doces (de vocês). Quando a danada vinha, eu escrevia. Conheci pessoas diferentes. Pessoas importantes para mim. Pessoas que não sabiam da minha história, mas se importavam de verdade. Muitas vezes mais dos outros que me rodeavam. Não precisavam fazer social. Estavam aqui por lerem uma mulher dedicada a sí mesma e sem o maior amor da sua vida. Porque acreditaram em mim. Com o tempo, a dor adormeceu (não posso garantir que ela nunca volte) e o amor por si e sua filha a incentivava a acordar bem todos os dias, a pensar muito em sua vida, a reconhecer seus erros, a perdoar, a duvidar, a questionar, a aceitar, a enfrentar, a assumir, a sobreviver, a existir, a crer e....agora a viver. O instante. O hoje. O futuro.

MOTIVO

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.

Cecília Meireles, in "Viagem", Antologia Poética, 3ª ed., Editora Nova Fronteira, 2006

Não.


ela, em sono profundo.

PIRIRIRIRIRI

- Hã? (ah, msg no celular)

Sonolenta, estica braço descordenadamente, alcançando o aparelho.
DESLOQUEIA >> LER

- Acorda! quero sabe se ce ta bem!
AUTOR: ELE.

- Que horas são heim?
MENU: 02:52 AM

recoloca o aparelho no criado mudo, vira-se para o lado e fecha os olhos.
PIRIRIRIRIRIRI
(Ai Deus. Que Saco)
DESLOQUEIA >> LER

- Vai, porra! tive um sonho com vc e to preocupado. ce ta bem?

(Caralho!)

vira para o lado já com o aparelho na cama. conhece-o muito bem.

PIRIRIRIRIRI

- Puta que o Pariu. (nossa, como estou falando palavrão!)

DESLOQUEIA >> LER
- que ce ta fazendo?

RESPONDER
- Esta td bem, não se preocupe. Dormindo.

ela deixa o aparelho na cama para não ter o trabalho de se virar.

PIRIRIRIRIRI
DESLOQUEIA >> LER
- Td bem? To com sds (peraí essa palavra não é sua, quem mandou vc usar?) queria te ver.

RESPONDER
- To bem sim.


PIRIRIRIRIRI
DESLOQUEIA >> LER
- posso ir ai?

RESPONDER
- Não.

(saco, agora perdi o sono)

PIRIRIRIRIRI
DESLOQUEIA >> LER
- pq?

RESPONDER
- Porque Não.

PIRIRIRIRIRI
DESLOQUEIA >> LER
- posso te ligar entao? vai, deixa eu falar com vc...

(agora quer falar comigo. engraçado).
RESPONDER
- Não.

PIRIRIRIRIRI
DESLOQUEIA >> LER
- vai...vem aqui então

RESPONDER

TRIMMMMMMMMM

- Alô?
-Oi. Td bem? tava dormindo?

(como se não soubesse).
- Oi, tudo e vc? tava.
- To com saudade, vamos nos ver?
- Não. (lembou-se dela, que explicou sua mania de se explicar, e tentando mudar este padrão, foi pontual).
- Mas pq?
- Pq não. Chega disso.
- Vc não pode fazer isso com o que a gente tem. Vc não vai acabar com tudo assim né?
- Já acabou faz tempo.
- fala comigo...
- Tô falando.
- Vai...quero te ver.
- Não. Vai dormir.
- Não posso dormir.

(quer que eu pergunte porque)

- Então, bom descanso quando vc dormir.
- vc não vai mais me ver?
- Não. Boa noite.

recolocou o aparelho no criado mudo, virou-se, leve, com o coração feliz. sem se importar com nada e dormiu.

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