Beatriz adorava passar férias com a família da parte de seu pai. Ela tinha quase cinco anos de idade quando seus pais se separaram. Ficou decidido que ela moraria com a família por parte de mãe, revezaria feriados entre as duas famílias, e passaria férias com a família por parte de pai.
Nossa, como sentia-se sortuda, antes tinha uma família só, agora tinha duas!
Tais momentos eram tão esperados pois havia um número de pessoas bem maior lá. Haviam muitios tios e tias, já a quantidade de primos era menor. Gostava mais de uns tios que de outros, mas tinha paixão por todas as tias.
Lembra bem quando a tia mais nova, com a idade de sua mãe, conheceu um rapaz especial. Os dois namoravam no carro, e ela sempre passeava com eles. Em pouco tempo, a menina estava também encantada com ele e sendo assim, ficou muito feliz quando, prometeram-se passar o restante da vida juntos.
Tem em suas lembranças, imagens de visitar seu novo tio em um hospital na Av. Vergueiro onde ele trabalhava e até hoje não sabe qual era sua função lá!
Desta bonita união nasceram dois filhos. O primeiro, uma menina, era extremamente doce, e um tanto quanto chata! O segundo, um gorducho bebê de olhos azuis, que viera a se tornar o primo mais lindo de todos, ariano com um enorme coração. Era o tio preferido de todos os sobrinhos.
Aos 25 anos, aquele tio tão querido, já mais grisalho, a abraçava parar amenizar a dor da perda de seu pai. Sentia o mesmo carinho de quando era menina, mesmo com o pouco contato atual.
E, em um 06 de setembro ele passa mal e ssua tia o leva ao hospital.
Instantes depois a notícia: aneurisma cerebral.
Dois dias depois, em seu msn lê de sua tia mais velha: vão desligar os aparelhos. Te ligo para dar notícias.
Beatriz foi dormir sem que seu telefone tocasse, aflita. Sentiu saudades daquela época, e pensava em quanto aquele senhor faria falta.
Beatriz jamais se esquecerá daquela velha kombi. Na homagem vai uma música que é como seu jeito:
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Penso que cumprir a vida seja simplesmente compreender a marcha, ir tocando em frente
(...)
Todo mundo ama um dia.
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
e no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
De ser feliz
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir
sblogonoff café disse...
09/09/2009, 16:03
imagino como Bia deve ter ficado triste... sensível como ela é!
que bom que temos a capacidade de recordar, não é?
beijos, florzinha!
Elga Arantes disse...
10/09/2009, 08:40
perdas inevitáveis, saudades irremediáveis. o bom é saber que a gente só sente saudades do que viveu, e foi bom.
renata penna disse...
12/09/2009, 00:52
O ontem ja está lá para sempre. Nem quem morreu, nem quem tá vivo, ninguém pode roubar nossos momentos vividos de nós.
Marcos Rittner - Author disse...
06/11/2009, 22:13