Fazendo um balanço de meu crescimento esta semana, pude perceber que não me saí muito bem. Não tão bem como esperava que fosse. Devido a minha crise de saudade, preciso confessar que esta me deu medo, precisei parar um pouco para me permitir sentir o que gritava dentro do meu peito. Negar estes sentimentos não é saudável, pelo menos é o que minha terapeuta diz. Desliguei todos os telefones, sumi do mapa. Me acolhi em meu casulo e dentro daquele silêncio chorei. As vezes é bom chorar, são lágrimas preciosas e escorrem por uma pessoa mais que especial. Passei alguns dias assim, saudosa. A noite olhava para o céu e lá estava a "estrela Valentina". Não é isso que as crianças fazem, escolhem uma estrela no céu em que acreditam ser o ente querido que lá está. E foi o que eu fiz quando ela se foi. Então, eu olhava para a minha estrela Valentina e a dizia como a amo e até cheguei a desejar que a encontrasse logo. Ela ainda faz falta em meus dias mas tenho conseguido preenchê-los.
Esta semana também serviu para que eu avaliasse que milagres não acontecem assim tão facilmente, e que infelizmente nem todas as pessoas conseguem parar e prestar atenção na vida. Ainda vejo algumas sofrerem pela unha que quebrou, pelo namorado que não ligou, pelo trânsito, pelo porteiro que não entregou a correspondência....E são coisas deste tipo que me cansam. Quanta coisa sem importância, pequena, fácil de se resolver. Vendo tudo isso sinto falta de pessoas de verdade no mundo.
E após esta difícil semana, acordei hoje ainda sem vontade de fazer nada ou ver ninguém mas me deparei com um lindo dia, céu azul e ensolarado. Fui para a varanda com minha xícara de café e um sentimento muito gostoso invadiu-me: não posso me isolar do mundo, preciso viver, preciso existir, pois agora existo por duas. Este sol brilha para mim e para ela, e por ela tenho obrigação de ter o máximo de momentos felizes pois era isso que ela fazia por mim. Sempre que sentir que minhas forças estão por acabar é na minha boneca que as buscarei. E sei que em algum lugar ela está segurando a minha mão para guiar-me e não me deixar cair.
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Olá querida, um prazer imenso te conhecer. Seja sempre bem-vinda ao meu blog, assim como estou me sentindo em casa aqui. Olha, você está certa, às vezes é preciso chorar. Não tenha vergonha disso. E por que não escolher uma estrela no céu? Nosso corpo acaba, mas a alma é imortal. Sua princesa, portanto, está viva. Dentro de seu coração e em algum lugar bonito, de onde pode te guiar. Mas tenho certeza que ela deseja te ver feliz. Pense nisso.
E sobre meu layout, nossa, não posso te ajudar muito, porque não fui eu quem fiz. Uma amiga minha quem criou o site para que eu pudesse expor meus trabalhos e pedi um blog, assim poderia escrever também. Mas há muitas pessoas que criam layouts na blogosfera, você quer que eu te indique alguma dessas artistas?
Um beijão e muito carinho pra você!
Fê.
Fernanda França disse...
12/07/2008, 17:19
Oi Karen, muito obrigada por sua visita no suspiro. E sinta toda minha compaixão por você, pela Valentina e pela história de vocês. Fique em paz, sua pequena te espera em um lugar lindo, e enquanto você está por aqui tenho certeza que ela quer que você seja muito feliz, pois é o que desejamos às pessoas que amamos.
Pode ficar à vontade para citar meus poemas por aqui e também para linkar o suspiro (será uma grande honra para mim). Também fique à vontade para conversar sempre que quiser, de verdade. Eu voltarei aqui sempre para visitá-la.
:)
Um beijo,
Sabrina
Sabrina disse...
14/07/2008, 10:39
Oi Karen. Cheguei aqui pelo "Para Francisco"... emocionante sua história. Eu nunca tive perdas como a sua ou da Cris, mas me espelho e as admiro muito, pela força que existe dentro de vocês. Eu também acho que algumas pessoas exageram quando dão muito mais importância à unha cortada do que estar perto da criança com ou sem unha... sinto pena dessas pessoas.
Mas olha, força aí, porque com certeza a "Lele" está em algum lugar olhando pra vc, sorrindo, cuidando de vc...
Um abraço.
Tatiana T.
tatianat@bol.com.br
Anônimo disse...
14/07/2008, 11:20
Olha, vim para te falar que pensei em você e na sua filha o final de semana inteiro.
Olhava para a Mel, minha filha, e pensava como eu era covarde ao ponto de nem me permitir pensar o que seria perdê-la.
Então, deparei-me com seu novo texto e fiquei com vontade de te falar duas coisas.
Primeiro, dê seu tempo de ficar estatelada no chão. Permita-se sofrer, sim. Isso é vida! E só vida vai te dar vontade de sobreviver a todas as dificuldades e dores "quase" insuportáveis.
Segundo, muitas pessoas não têm culpa - e têm muita sorte - de não saberem o que é realmente sofrer. Não as penitenciem. São crianças, muitas vezes. Você corre risco de ficar amarga pensando assim.
E isso, a Lelê não quer, tenha certeza.
Um carinho em você e nas suas lembranças.
Elga
Elga Arantes disse...
14/07/2008, 16:43